Os desafios das empresas para enfrentar a crise atual e atender seus consumidores

Olá, queridos leitores, tudo bem?

A pandemia da Covid-19 mudou completamente nossa rotina, nossa vida e, até mesmo, a forma de nos relacionarmos com as pessoas. Hoje, as festas de aniversário estão sendo feitas por chamadas de vídeo do whatsApp, os shows dos artistas do mundo todo são feitos por lives no youtube, as reuniões e conferências são feitas por aplicativos de reuniões virtuais, e até mesmo inúmeros cursos e palestras são disponibilizados gratuitamente pela internet.

Ainda não sabemos quando a quarentena acabará, nem quando nossas rotinas serão retomadas ou quando poderemos deixar nossas casas para voltar aos nossos escritórios e empresas. No entanto, mesmo diante de tantas incertezas, o que me parece inevitável é que nada mais será como antes e, de alguma forma, essa mudança pode ser encarada de forma positiva.

Acredito que algumas empresas, por exemplo, passem a adotar o sistema home office para alguns de seus colaboradores, da mesma forma que outras empresas passarão a adotar o comércio eletrônico como uma nova (e até mesmo única) forma de vender seus produtos e serviços, e, quem sabe, as reuniões que antes eram feitas de forma presencial, possam se transformar simplesmente num e-mail, numa conferência por telefone ou numa reunião virtual.

Antes disso tudo começar não imaginávamos que chegaríamos nesse ponto, mas agora que tudo está acontecendo tão rápido, as empresas precisam também se adaptar rapidamente, porque senão infelizmente vão acabar ficando pelo caminho.

Pensando nisso, algumas empresas que foram surpreendidas com a obrigatoriedade de fechar suas portas durante essa quarentena, também precisaram encontrar meios de driblar a crise e se reinventar. Até porque, só ficar em casa reclamando do Governo ou de quem quer que seja, não ia ajudar a pagar as contas. Por isso, muitas empresas passaram a adotar o sistema de delivery. Outras passaram a utilizar plataformas digitais para continuar oferecendo seus produtos e serviços. Até mesmo as academias de ginástica passaram a oferecer os treinos on line, como forma de continuar prestando os serviços aos seus alunos, ainda que de forma alternativa nesse momento.

Muitas escolas, também, não ficaram para trás e logo se adaptaram a essa nova realidade (ainda que temporária) e passaram a oferecer as aulas virtuais para os seus alunos, para que eles possam continuar tendo acesso ao conteúdo escolar, assim como também para ajudá-los a enfrentar esse momento de isolamento domiciliar.

No entanto, alguns empresários parecem ainda não ter percebido as mudanças que estão acontecendo ao seu redor e preferiram ficar parados no tempo sem ir atrás de uma alternativa para continuar oferecendo seus produtos e serviços aos seus consumidores. Para esses, infelizmente, o futuro (pós pandemia) tende a ser mais nebuloso do que para os outros que se adaptaram e se esforçaram por manter o atendimento e a satisfação dos seus clientes.

É claro que não podemos esquecer que alguns desses empresários, nesse momento, ficam totalmente impossibilitados de prestar os seus serviços, como, por exemplo, é o caso das cabelereiras, manicures, esteticistas, que, por conta desse isolamento domiciliar, acabaram não tendo alternativas para continuar prestando o seu serviço.

Mas, isso quer dizer que não há nada a fazer para superar essa crise? Claro que não. Para esses empresários existem outras alternativas, como o oferecimento de descontos nos pacotes de serviços fechados agora para serem usufruídos depois, como tantas outras. Ou seja, basta usar a criatividade para o empresário se reinventar nesse momento e não se deixar abater pela crise.

Então, você que é empresário, o que você tem feito para se adaptar a essa nova realidade, para superar essa crise e para enfrentar os desafios de resolver os problemas dos seus consumidores?

Não é tempo de simplesmente tentar se proteger no “escudo do caso fortuito e da força maior”, esperando que ele seja suficiente para que você não seja atingido pelas ações e reclamações dos consumidores, até porque nesse momento eles estão esperando que você se posicione e apresente uma solução para ele, ainda que seja de forma alternativa e temporária. Que tal, por exemplo, se adiantar (sem esperar que ele venha pedir o cancelamento) e avisar o seu consumidor que o período que ele ficou sem acesso ao serviço que ele já tinha pago (como, por exemplo, uma aula particular de artes ou de algum instrumento musical) será reposto assim que a situação se acalmar?

 Por outro lado, de nada adianta todo esse movimento dos empresários, se os consumidores também não estiverem dispostos a repensar os seus direitos. O que se espera nesse momento, portanto, é evitar o surgimento dos consumidores oportunistas ou que queiram obter alguma vantagem indevida. Para os consumidores de boa-fé, por outro lado, o que se espera é que sejam solidários com a situação das empresas e, assim, estejam dispostos a obter uma solução amigável para os seus problemas, sem causar maiores prejuízos para os fornecedores, ainda que isso possa parecer que estejam “abrindo mão dos seus direitos”.

Até porque, sabemos que a recessão econômica que se seguirá após essa quarentena, infelizmente, acarretará o fechamento de inúmeras empresas, gerando, também, por via de consequência, a perda do emprego de inúmeros funcionários (que também são consumidores).

Assim, estamos diante de uma excelente oportunidade de repensar o Direito do Consumidor, e não mais olhar para esse ramo do Direito como uma norma protetiva exclusivamente para o consumidor, mas também a olhar com o viés de dar a possibilidade de defesa para as empresas que, atualmente, talvez sejam as maiores prejudicadas com a crise que estamos enfrentando.

 

E você, o que você tem feito para enfrentar essa crise?

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